sábado, 16 de agosto de 2008

Conselhos

A noite será conselheira
para uma alma sem eira nem beira
Quem sabe você me convidará
para sair hoje a noite

No fim das contas
é ver para crer
o prometido é devido
quem espera, desespera

Uma outra noite, um outro dia
Cada qual com seu igual
às vezes eu espero
às vezes eu espero

No fim das contas
é ver para crer
o prometido é devido
quem espera, desespera

A vida não é doce
Nem o sol é de mel
Estou aqui agridoce
esperando pelo réu

No fim das contas
é ver para crer
o prometido é devido
quem espera, desespera

Eu juro te esquecer
até o amanhecer
e acordar com o sol no rosto
e um coração bem disposto.
Prometo não ouvir culpas
e nem aceitar suas desculpas
O que aperta segura.
O que arde cura.

Tijolos amarelos

Quem vai anunciar o fim da série de aventuras?
Sinto que estamos para perder contato no próximmo ato.
Seguiremos com nossos papéis em outras histórias.
Haverá novos personagens a quem ofereceremos imagem,
sem deslizes e nem felizes.

Sinto termos chegado ao último episódio feridos.
Eu queria ter dito o que não disse,
nem ter dito o que te disse.
Eu queria ter feito o que não fiz,
nem ter feito o que te fiz.

Parecia que nunca chegaria ao fim e agora que chegou,
eu queria ser o seu desejo sustentado pela minha falta,
eu queria ser o amor da sua vida, a pessoa mais querida,
eu queria seguir aquela longa estrada de tijolos amarelos,
te encontrar na cidade de esmeraldas e unir nossos elos.

Você não é o espantalho que assusta ninguém,
nem eu sou a garota de sapatinhos de rubi.
Você não é o lenhador enfeitiçado,
nem eu a amiga que seu corpo refez em lata.
Meus pensamentos são seus.
Meu coração de verdade é seu.
Sou o leão a quem falta coragem.

Nenhum tufão nos levou pelos ares
a uma vida excitante e compadecida.
Nenhum bufão nos levou dos bares
a uma terra distante e desconhecida.
Nenhum trovão provocou vazios lugares
que nos ocultamos em alucinante despedida.

Mas ainda podemos sair daqui juntos em um balão
e assim darmos um novo fim à série de aventuras.