sábado, 1 de março de 2008
A mulher ideal
Uma mulher é capaz de conhecer um homem e já vê-lo em um altar! E claro, com ela ao lado, a noiva total acompanhada do kit pais, padre, padrinhos, convidados, pompa... Isto é outra coisa que não entendo. Por que gastar tanto por tão pouco tempo. Sei lá, já que quer casar, um Cartório já está bom demais! Fica tudo registrado em um papel que ela pode ficar contemplando por várias horas e nós nos arrependendo por toda vida. Afinal, ficar preso a uma só mulher só significa abrir mão de todas as outras. Esta idéia fixa de querer casar é perigosa. Limita demais os nossos movimentos, literalmente. O que é que tem se eu virei a cabeça para olhar outras pessoas na rua. E daí se em 99,99999999% das vezes estas pessoas são mulheres?! E se eu apenas quiser sair para a tradicional cervejinha com os amigos. Poupe-me de ouvir "você não me dá atenção", "você me abandona" e outras tantas frase do grupo crise geral. Argh. E ainda quer que eu fique em casa depois de ouvir toda esta ladainha. E de preferência sorrindo. E se eu fico, nem posso prestar atenção na TV. Elas falam demais, demais mesmo. Meu ouvido não consegue receber tantas palavras disparadas por minuto. E ai de mim se reclamar! Porque seria estar pronto para ouvir algo como "grosso", "insensível". Que mal há em curtir momentos a dois sem ter que pensar no futuro?! Sem dar nome aos filhos que não sabemos se queremos ter? Que mal há em admitir que seguimos regras bem diferentes? Não é que sejamos insensíveis. Mas convenhamos, mulher ama demais, fala demais, preocupa-se demais, reclama demais... Ainda tem a tal intuição feminina. Aí é que desconfia de tudo mesmo. Qualquer detalhe, qualquer alteração mínima, ela diz que nota, quando nem mesmo eu notei. E lá vem outra ladainha. Às vezes são mudanças sutis e ela já vem inquirindo. E se eu estiver mentindo mesmo? Vai preferir ouvir que eu estava com a vizinha? Com a gatinha que trabalha na lanchonete da equina? Já estou cansado de dizer a Marta que está tudo bem. Que ela não tem o que se preocupar. Afinal, estou lá com ela e deveria ser já o suficiente prova de meu afeto por ela. Mas não, vive sentido coisas. Só atrapalha mais. Tudo é demais. Depois vem a cobrança por ligações telefônicas. Já viu como é bolsa de mulher? Tenho sempre de ligar duas vezes porque na primeira vez ela está caçando o celular dentro da bolsa. Se estiver a fim de ficar uns dias em casa sozinho ou com os amigos e apareço cheio de saudade, imaginando que seria um encontro legal, lá vêm tantas cobranças em forma de avalanche. Eu apenas estava com saudades. E tenho de responde a uma verdadeira investigação sobre a expressão do meu rosto, os dias que já se passaram e nem me lembro de detalhes de como se passaram. Qual a importância de tudo isso? Não estamos ali e na hora? Esta não deveria ser a hora certa? Fica desperdiçando o tempo em que estamos juntos com reclamações do tempo em não estávamos juntos. Fica obcecada por controlar e põe tudo a perder. Gata, gata... Já te disse que não estou a fim de cobrança. Que eu não sei interpretar sinais, apenas sei falar diretamente e espero o mesmo de você. Aliás, esta coisa de interpretar sinais é horrível. Por que tem coisa que não há com o que se preocupar, mas fica aí cheia de grilos e nem aproveitou o meu abraço. Recusou o meu beijo. Marta, você fala demais. Se fosse contanto coisas engraçadas, me fazendo rir... Tudo bem, mas quase sempre é só problemas e ciúmes. Você é linda e chata. Se você se preocupasse mais em ser afável e aproveitar a vida, eu amaria você. Não voltou a falar comigo depois disso. Já há uma semana que Marta não liga para contar que quebrou a unha, ou o cachorro amanheceu latindo esquisito. E creio que não voltará a ligar. Ela não ouviu o que eu disse e ficou intuindo o que eu não disse. Preferiu ouvir entrelinhas que não existiam. Paciência.
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